terça-feira, 7 de agosto de 2007

As portas que a universidade abre

Ao entrar na UFF eu não tinha a menor idéia do que eram conceitos como "capital cultural" e "capital social", no entanto, hoje eu não só sei sobre ambos como os experimentei na prática. Em termos de capital cultural, até entrar na UFF, eu tive que construir o meu sozinho, pois na minha família eu era a pessoa mais capaz disso. Tive que buscar informações por conta própria, seja em livros, revistas, jornais ou na internet. Ao chegar à UFF eu pude ver o quanto eu teria que melhorar nesse sentido. Foi aqui na universidade, por exemplo que eu tive o primeiro contato com Durkhein, foi depois de entrar para a UFF que eu pude ler autores como Marx ou Bourdieu. Eu sei que ainda estou muito longe do ideal, mas estou trabalhando nisso. Em relação ao capital social eu só pude entender as vantagens disso aqui na UFF. O fato de ter contato com pessoas com muito mais recursos do que eu foi fundamental para eu consegui me manter na universidade. Conseguir trabalho que me garantisse algum dinheiro a mais do que ganho com a minha bolsa de extensão foi uma das vantagens desse capital social que eu só poderia obter aqui na universidade. No caso do capital cultural, o fato de ter conhecido pessoas com muito mais acumulo de leitura e estudos me permitiu avançar muito, e a luta política na qual me envolvi desde o primeiro dia em que entrei na Casa do Estudante Fluminense e que prosseguiu após eu ser expulso com várias outras pessoas e que desembocaria no Acampamento Maria Júlia Braga: o quilombo do século XXI. Com certeza eu sei hoje que todas as agruras de dificuldades que enfrentei nos meus primeiros dias de universidade valeram a pena. Agora é tratar de aproveitar tudo o que a universidade tem me oferecido.

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