quinta-feira, 29 de maio de 2008

Colegiado do CAHIS

Ontem estive na reunião do colegiado do curso de história da UFF. Foi uma reunião difícil e desgastante, pois está cada vez mais complicado colocar qualquer discussão dentro daquele espaço diante da total falta de interesse de muitos ali em discutir qualquer concepção política que implique em tomada de posições e na defesa de um projeto claro de sociedade. Muitos ali, alguns por oportunismo e outros por desinteresse mesmo, entendem o movimento estudantil como uma confraternização entre amigos durante a sua estadia na universidade. Não parece a muitos ali que o movimento estudantil possa contribuir para uma mudança nos paradigmas com que as pessoas enchergam sociedade. Eu faço parte de um partido político e isso foi enfatizado por um integrante do colegiado como espécie de ofensa, que defende uma concepção classista de movimento estudantil e que se dispõe a colocar essa concepção em debate em todos os espaços de que participa. Isso no entanto foi encarado por quem nos fez a crítica como sectarismo e como uma tentativa da aparelhar o CAHIS. É claro que muitos ali concordaram, alguns por oportunismo e outros porque não conseguem sair de seus paradigmas pequeno-burgueses. É claro que eu e meus colegas de partido, acho que agora vou usar essa expressão mais vezes, antes preferia organização política, refutamos as acusações, além de tudo feitas num tom absolutamente histérico. A verdade é que torna-se muito complicado discutir concepção classista num espaço policlassista, os membros do coletivo Nós Não Vamos Pagar Nada dão essa desculpa para não discutir classismo na UFF, mas eu não tenho dúvida que o melhor espaço para isso são mesmo os espaços policlassistas, pois nos espaços que muitos consideram classistas, tipo sindicatos, eu tenho dúvidas sobre isso, essa discusão não leva a lugar nenhum. De qualquer forma nos da OELI ( Organização dos Estudantes em Luta Independentes ) vamos continuar fazendo essa discussão, não temos a ilusão de que vamos agregar muita gente dentro da UFF com ela, mas estamos convictos que a questão do classismo precisa ser discutida na UFF, assim como várias outras que são deixadas de lado por esse nosso movimento estudantil tradicional e pequeno-burguês.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Investimentos na educação?

Extraído do site do UOL

Universidades do país podem receber R$ 3 bi em dois anos

Da Redação

São Paulo - O grau de investimento concedido ao Brasil no fim de abril, indicador que demonstra haver riscos menores para a entrada de capital externo no país, pode trazer mais dinheiro e movimentar o ensino superior privado.

Para especialistas, o setor deve receber até R$ 3 bilhões nos próximos dois anos. O cenário aparentemente positivo, no entanto, é visto com ressalvas por educadores que acreditam que investimentos externos, abertura de capital e formação de conglomerados fazem com que a educação seja vista como uma mercadoria e não como um direito.

"Os que já investiram no Brasil têm mais dinheiro e ainda há outros grupos para investir", diz o consultor de ensino privado e presidente da Hoper Educacional, Ryon Braga. Para ele, o ensino superior privado poderia ser mais beneficiado pelo investment grade se um número maior de instituições já tivesse aberto o capital. Isso porque grande parte das ações colocadas à venda, como as do Grupo Anhangüera Educacional, foram compradas por estrangeiros.

O processo de organização e transparência da gestão de instituições de ensino superior privado é crescente no Brasil, mas ainda caminha com lentidão, de acordo com especialistas. A maioria das universidades é controlada por famílias, com estruturas de custo pesadas e inchadas.

"Para fazer um investimento, o capital estrangeiro vê até se tem telha de amianto no banheiro", diz o presidente do Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo), Hermes Figueiredo.

Segundo ele, muitos negócios de compras de instituições não são efetivados porque, pela falta da transparência, o investidor não consegue estimar seus riscos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo


Comento: Pois é, quando eu li o título da notícia, pensei que estivesse falando de investimentos do governo no setor, doce ilusão. O que vamos ter são empresas em busca de negócios lucrativos e nada mais. Qualquer pesquisa que universidades como essas fizerem vai ser para recuperar o dinheiro empatado nelas por esses investidores. Para alguns é algo perfeitamente normal, na verdade, alguns consideram que o caminho é por aí mesmo. Da minha parte, eu não me oponho a existência de escolas privadas, o problema é quando isso serve de desculpa para o Estado deixar de exercer o seu papel de garantir uma educação de boa qualidade para todos. Se vão ser 3 bilhões para as universidades privadas nos próximos dois anos, temos que garantir uma quantia bem maior para as universidade públicas e tem que ser recurso público, sem falar em investimentos maiores ainda no ensino fundamental e médio. Ou lutamos por isso ou teremos uma educação que será equiparada ao sabão em pó ou a margarina, apenas produtos feitos para dar lucro a um pequeno grupo de pessoas.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Congresso Estudantil da UFF

Eu participei do V Congresso Estudantil da UFF que ocorreu neste fim de semana no campus do Gragoatá. Como integrante de um movimento político que é o Acampamento Maria Júlia Braga: O Quilombo do Século XXI e de uma organização política que é a OELI ( Organização dos Estudantes em Luta Independentes ) foi importante estar lá para colocar a nossa posição frente àquele congresso. A minha avaliação é que foi um boa intervenção, apesar das óbvias dificuldades e da visível desorganização, que algumas vezes parecia proposital. A verdade é que o congresso foi organizado de forma a reforçar a hegemonia do coletivo Nós Não Vamos Pagar Nada dentro do movimento estudantil da UFF. O que se viu foi um levantar de crachás na hora de votar as questões, uma reprodução do que acontece nos congressos da UNE. Essa lógica hegemonista foi muito contestada, por nós e pelos outros coletivos, mas foi o que prevaleceu. O que eu vejo como problemático é a falta de firmeza de grupos que criticam o Paga Nada, mas no fundo gostariam de estar no lugar dele, era o caso da CST, do UFF que Queremos e do Barricadas, tanto que nos momentos decisivos acabavam fechando com o o grupo hegemonista que criticavam. No congresso foi aprovada uma moção contra o nosso processo seletivo da moradia provisória, mas isso já era esperado, incluíndo argumentações canalhas de que estaríamos sendo privilegiados por estarmos no quinto andar do DCE. O que me espantou mesmo foi a fala de um dos principais integrantes do Paga Nada na hora da votação de uma proposta de participação dos alunos dos pré-universitários ligados a UFF, inclusive com direito a voto no fóruns do movimento estudantil. Uma das argumentações utilizadas era do mesmo tipo que os burocratas da UFF, principalmente os docentes, para justificar a negação da paridade nos colegiados e conselhos superiores da universidade ou o voto universal nas eleições da UFF. Isso mostra o quanto temos no movimento estudantil uma burocracia encastelada nos órgãos de direção que em nada se diferencia da burocracia da própria UFF, principalmento no seu desejo de concentrar poderes de decisão em suas mãos. O congresso teve bons momentos, pudemos entrar em contato com várias pessoas do interior e daqui de Niterói, divulgamos nossos documentos e o documentário que fizemos mostrando os rumos do movimento estudantil nos últimos dois anos e a atuação das diversas correntes políticas; agora é esperar e tratar de continuar o trabalho de luta.

domingo, 18 de maio de 2008

Notícias sobre cotas 3

Extrído da seção Último Segundo do site www.ig.com.br

Cotas darão diversidade para UFRGS, diz reitor

Porto Alegre - Reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), José Carlos Hennemann, avalia que a instituição está preparada para o novo sistema de cotas e acredita que as contestações judiciais não vão reverter a decisão.

Na última sexta-feira (29), o Conselho Universitário (Consun) aprovou a adoção do Programa de Ações Afirmativas já no próximo vestibular. Pelo projeto, 30% das vagas de cada curso de graduação serão destinadas a estudantes de escolas públicas. Destas vagas, a metade será destinada àqueles que se declararem negros. Outras DEZ vagas serão reservadas para indígenas, que não precisam realizar vestibular.

Comento: Seguindo o que eu disse na postagem anterior, vamos esperar que essa política de cotas na UFRGS seja seguida por uma política séria de assistência estudantil para que não tenhamos os mesmos problemas que na UERJ. Ao mesmo tempo espermos que os governantes locais tenham ciência que é uma medida de curto prazo e que medidas de longo prazo precisam ser tomadas.

Notícias sobre cotas 2

Extraído da seção Último Segundo do site www.ig.com.br

Estudantes cotistas enfrentam dificuldade para se manter na universidade

RIO DE JANEIRO - Por meio da política de cotas, a estudante negra Mariana Ferreira de Almeida, de 23 anos, entrou no curso de Direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Há cinco anos na faculdade, apesar do apoio dos pais, conta que enfrenta dificuldades para continuar estudando.

A aluna mora no município de Niterói e precisa pegar dois ônibus para chegar à faculdade. "Às vezes pego um só e caminho um outro pedaço". A dispesa com passagens encarece também o estudo, além dos gastos com livros e os custos com refeição.

"A Uerj não tem 'bandejão' e nenhum outro tipo de auxílio alimentação. Então, quando você tem uma disciplina à tarde e não tem como voltar para casa é um gasto a mais. Ainda mais no meu caso, que moro em outro município", diz.

A estudante conta que o "aperto" já foi maior antes do estágio e que assim como ela, outros colegas têm dificuldade de se manter no curso. Muitos até trancam a matrícula.

"A cada semestre os aluno vão desistindo. Foram muitos [que abandonaram]. Os que não saíram, não conseguem acompanhar de forma contínua as aulas. Não conseguem ir à universidade todo dia por conta dos custos", explica.

O problema pelo qual Mariana passa é uma realidade em boa parte das universidades, que adotaram a política de cotas no país, cerca de 40 instituições, segundo o Ministério da Educação.

Para o coordenador do Programa Política da Cor da Uerj, Renato Ferreira, apesar do esforço dos alunos, sem a assistência necessária, o sistema de cotas "já nasceu capenga".

"Havia uma grande promessa de que os governos iriam dar suporte às universidades com bolsas, mas isso não aconteceu", disse Ferreira. "Perdemos a oportunidade de implementar programas de ações afirmativas responsáveis, quando não há assistência estudantil", completou.

Outro problema apontado pelos estudantes negros cotistas da Uerj é a necessidade de aulas complementares em cursos como o de línguas, por exemplo. Após o primeiro período, os estudantes não recebem mais a bolsa de R$ 190 e a saída é procurar projetos de pesquisa para completar os gastos.

"Alguns critérios nos tiram dessa seleção. A maioria exige inglês avançado e isso é uma condição que elimina mesmo. Em algumas situações, essa exigência não é muito importante, mas é uma forma de selecionar", critica a também estudante de direito Monique Camilo.

Para o professor Renato Ferreira, além de investir em assistência estudantil é preciso que as universidades acompanhem o desenvolvimento acadêmico dos cotistas e avaliem a necessidade de medidas específicas para eles.

Comento: Esse caso que envolve os cotistas da UERJ se dá sempre que a questão da ação afirmativa é tratada de maneira demagógica por governantes populistas, interessados apenas em passar determinada imagem e não em contribuir para a solução de um problema. As cotas na UERJ forma implantadas no governo Anthony Garotinho, de triste memória. A versdade é que não havia por parte dele qualquer interesse em oferecer uma solução para o problema e sim pura demagogia, isso fica evidente quando se oferece cotas sem que haja uma política série de assistência estudantil para manter as pessoas beneficiadas por essas cotas na universidade. Ao mesmo tempo, esse mesmo governo e o seguinte, de sua esposa Rosinha, outra de triste memória, só fez sucatear a UERJ, o que prejudicou ainda mais os cotistas. Outro problema sério é que esse mesmos governos mostraram um extremo descaso com a educação no estado do Rio de Janeiro, de que adianta implantar cotas e deixar a educação, em todos os níveis à míngua. Infelizmente enquanto tivermos governos que se recusam a enfrentar seriamente a questão das cotas ou então tratá-las de maneira demagógica, as coisas vão continuar assim e casos como os que foram mostrados na reportagem acima continuarão acontecendo. Para concluir, é preciso entender que as cotas são uma política emergencial, que não pode estar descolada de uma política séria de assistência estudantil para a manutenção dos estudantes pobres na universidade, cotistas ou não. Além disso, elas de nada adiantam sem que sejam acompanhadas de uma política de longo prazo com investimentos sérios no ensino fundamental e médio, pois ao contrário do que dizem muitos dos que são contra as cotas, uma ação não exclui a outra.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Notícias sobre cotas

Extraído do site: http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular


UEM define regras para cotas sociais

Universidade reservará 20% das vagas para alunos de escolas públicas.

Sistema começa a valer nos vestibulares do ano que vem.


O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEP) da Universidade Estadual de Maringá (UEM buscar), aprovou as regras para o sistema de cotas buscar sociais que começa a vigorar nos vestibulares de 2009 - com ingresso dos alunos na universidade em 2010.



De acordo com o texto aprovado pelo CEP, a universidade reservará 20% das vagas dos cursos de graduação para candidatos classificados no vestibular que tenham cursado o ensino fundamental e médio em escolas públicas. Além disso, a renda per capta da família do vestibulando deve ser de até 1,5 salários mínimos.



A reserva de vagas começa a valer para os vestibulares de verão e inverno de 2009, para acesso em 2010. De acordo de assessoria de imprensa, a universidade oferecem cerca 1.500 vagas em 49 cursos de graduação em cada processo seletivo.



O CEP aprovou a implantação de uma política de cotas sociais na instituição no dia 9 de maio do ano passado. A regulamentação do sistema de cotas foi votada nesta quarta-feira (14) e aprovada por 48 votos a favor, nove abstenções e um voto contrário.



Comento: É bom prestar atenção na notícia, pois quando se fala em cotas logo se pensam em cotas raciais. Na verdade o que foi aprovado foi uma politica de cotas com critérios exclusivamente sócio-econômicos e não étnicos. De qualquer forma não deixa de ser um avanço. A questão das cotas ainda suscinta muitos debates, principalmente quando envolve a questão étnica. Muitos dos seus críticos gostam de dizer que é um erro incentivar a diferenciação racial, que a genética provou que somos uma só raça. É meio difícil levar isso em conta nas demonstrações cotidianas de racismo que são praticadas no Brasil. Quero ver alguém defender esse argumento quando um negro for parado numa blitz junto com um branco e ficar bem claro o modo diferenciado com que ele quase sempre é tratado. Gemeticamente somos uma só raça sim, e foi um grande avanço que a ciência tenha podido provar isso, mas o conceito sócio-cultural de raça ainda é muito forte entre nós e querer negar isso é esconder o problema. Eu sou favorável as cotas raciais na universidade, embora tenha clareza de estas são uma solução emergencial e que a pior coisa que pode acontecer é que se torne uma medida permanente. Investir no ensino fundamental e médio, como os críticos do sistema de cotas pregam para justificar a sua posição, é uma necessidade urgente também, mas os seus resultados são a longo prazo, o que fazer com as pessoas de agora? Eu não tenho a menor dúvida que cotas e investimentos em educação não são excludentes e quem tenta passar essa impressão está falseando o debate. Quanto a outra alegação dos críticos das cotas de que elas podem acirrar a questão racial dentro da universidade, eu só posso dizer que vai, na verdade, fazer algumas pessoas tirarem suas máscaras, ninguém vira racista por causa das cotas, na verdade já era, apenas não precisa explicitar isso. Espero que mais universidades adotem as políticas e cotas e avançem em relação a essa universidade de Maringá, não sei se o fato de adotarem critérios exclusivamente sócio-econômicos tenha a ver com questões locais, talvez não haja uma população compostas por negros na região que tenha motivado essa solução, mas onde essa população está e precisa ter aberta as portas da universidade, as instituições de ensino superior tem que enfrentar essa discussão. Aqui na UFF , por exemplo se adotou um critério de cotas ainda mais limitado, a verdade é que a discussão sobre cotas precisa avançar mais por aqui

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Congresso estudantil da UFF

Nesse fim de semana vai ter um congresso estudantil aqui na UFF. Eu vou participar dele, tanto como estudante como também integrante de um movimento político que atua na universidade, o Acampamento Maria Júlia Braga: O Quilombo do Século XXI. Eu também estarei lá enquanto membro de uma organização política que disputa espaço na UFF, a OELI ( Organização dos Estudantes em Luta Independentes ). Chegamos a discutir sobre mandar teses para esse congresso, uma do acampamento e outra específicamente da OELI, mas as muitas atribuições que tivemos, tanto pessoais, acadêmicas, o dia-a-dia de nossa ocupação no quinto andar do DCE e, principalmente, a mobilização em torno do processo seletivo para a moradia provisória que estamos tentando criar no DCE nos deixou sem condições de preparar uma tese bem que se enquadrasse nas exigências do congresso. Pessoalmente eu gostaria que tivéssimos mandado uma tese para lá, mas como não foi possível o jeito vai ser participar das discussões de outros modos. De qualquer forma, esse congresso vai contar com a nossa participação. Outra questão a respeito do congresso tem sido as eleições para delegados que estão sendo feitas nos cursos. Nós da OELI optamos por não participar delas, mas enquanto estudante eu me senti quase que na obrigação de votar no meu curso de história quando vi o folheto de propaganda da chapa 1. Encabeçada pelo coletivo Nós Não Vamos Pagar Nada, eles fizeram um folheto que estava claramente endereçada ao acampamento e a OELI. É o tipo de acusação que virou moeda corrente, classificar a defesa de uma posição como "picuinha", por exemplo, é uma das sandiçes que estavam escritas. a defesa de um movimento estudantil plural para essas pessoas é um movimento que se paute pelas posições do "Paga Nada". A busca por um consenso impossível leva essas pessoas a defender posições extremamente flexíveis, uma tola tentativa de atrair todo tipo de militante, sem exigir nenhum compromisso com um posicionamento ideológicamente claro. Esse tipo de atitude fica bem claro quando se vai num tópico da comunidade da UFF, postado por um estudante de Odontologia, por conta dos problemas que nós do acampamento tivemos depois da chopada desse curso, numa das postagens desse tópico um cara afirmou que se deve matar militantes como os do MST e um dos membros do coletivo Nós Não Vamos Pagar Nada adotou um discurso conciliador como se isso fosse possível com alguém com o tipo de opinião como aquela. Eu votei na chapa 2 da história mais em protesto contra aquele folheto que tenta criar um movimento estudantil monolítico, onde as opiniões que não se pautam por uma falsa maioria são desqualificadas em nome de um projeto recuado de ação política, claramente vinculado aos interesses político-eleitorais do P-SOL. O que me irrita mesmo é que ainda tem gente que cai nesse discurso fácil, mas estamos aqui para denunciar isso.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Minha vida de mesário

Hoje eu tive o meu primeiro dia como mesário na eleição do ANDES, o Sindicato nacional dos docentes de universidades. Na verdade foi um dia meio chato, só seis pessoas votaram, o que dá uma boa idéia do nível de mobilização da categoria na atualidade. O lado bom disso é que eu pude ler um livro que pretendo usar na minha pesquisa para o projeto de monografia que pretendo fazer no próximo período. Pude ler e fazer anotações importantes, amanhã vou levar outro livro também importante para passar o tempo. Se as coisas forem como hoje será mais um dia inteiro sentado esperando que algum professor decida vir votar. As pessoas que coordenam a organização da votação sugerem que a gente chame os professores para votar, mas eu é que não vou fazer isso mesmo, os caras têm mais de 20 anos de sindicato e não sabem que tem de votar porra? Eu é que não vou ser babá de professor. De qualquer forma está sendo uma boa experiência, sem falar que vou ganhar 120 reais pela brincadeira, mais uma daquelas oportunidades que só aparecem porque estou numa universidade, o famoso "Capital Social" de que tanto fala Bourdieu. No mais foi mais um dia de processo seletivo para a moradia provisória que estou ajudando a consolidar no quinto andar do DCE. Na última sexta-feira nós tivemos que negociar com o pessoal do DA de Administração para sair do espaço para que eles fizessem uma chopada no quinto andar, foi uma negociação complicada mais decidimos ceder dessa vez, já que tínhamos embarrerado na semana anterior. Infelizmente o pessoal da direção majoritária do DCE ainda continua com essa guerrinha de nervos com a gente, mas não vamos ceder. Nessa sexta-feira está marcada a chopada de Nutrição, ainda não sabemos se vão pedir o espaço de novo, mas dessa vez é um consenso entre nós que não dá para ceder. Vamos ver no que vai dar.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Notícias sobre os professores

Retirado do site: www.nota10.com.br

Piso nacional de R$ 950 para professores é aprovado

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou ontem (7), em caráter conclusivo, o piso salarial nacional de R$ 950 para professores do ensino público infantil, fundamental e médio nos três níveis (federal, estadual e municipal). A votação seguiu o parecer do relator, deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS), que acatou emenda apresentada pelo deputado Flávio Dino (PCdoB-MA), estendendo esse piso para os aposentados e pensionistas do magistério público da educação básica que tenham ingressado no serviço público até 2003.

O piso de R$ 950 foi estabelecido em substitutivo da Comissão de Educação e Cultura aos projetos de lei 7431/06, do Senado, e 619/07, do Poder Executivo. O PL 7431/06 previa piso de R$ 800 para profissionais com nível médio e de R$ 1,1 mil para os habilitados em nível superior. Já o projeto do Executivo estabelecia um salário mínimo de R$ 850 para professores.

De acordo com o substitutivo, o piso deve ser adotado gradativamente até janeiro de 2010. Como houve alteração do texto, o projeto retorna agora para análise no Senado, a não ser que haja recurso para votação pelo Plenário da Câmara.

Pela proposta aprovada na Câmara, o piso será atualizado anualmente, no mês de janeiro, tomando por base o mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo a ser gasto por aluno, referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano, definido nacionalmente.

Segundo o texto, o piso salarial também será considerado para os profissionais que desempenham atividades de suporte pedagógico à docência - direção, administração, planejamento, inspeção, supervisão, orientação e coordenação educacionais.

O piso deverá ser observado para o estabelecimento do vencimento inicial das carreiras do magistério público da educação básica, para a jornada de, no máximo, 40 horas semanais. Os vencimentos iniciais referentes às demais jornadas de trabalho serão, no mínimo, proporcionais ao valor do piso. Na composição da jornada de trabalho, deverá ser observado o limite máximo de 2/3 para carga horária em sala de aula, com o restante da jornada para atividade de planejamento.

Semana corrida

Esta tem sido uma semana bastante corrida para mim. Além das aulas na universidade ainda estou envolvido até o pescoço com as atividades políticas do acampamento e da OELI. Ontem, por exemplo, participei da exibição de um documentário que fizemos sobre a trajetória política do acampamento desde o seu início. Foram uma série de imagens desde 2006, com diversas atividades, tanto políticas quanto de confraternização, mostrando uma série de atividades desenvolvidas pelo acampamento durante todo esse tempo. A preocupação que sempre tivemos em fazer um registro de nossas atividades sempre foi no intuito de não permitir que a nossa história política se perdesse, ou pior ainda, que fosse apropriada por oportunistas de plantão, sempre a espera disso. Um fato que ilustra essa preocupação é que quando se digita "ocupação da reitoria da UFF" no YOUTUBE, só aparecem os membros do coletivo Nós Não Vamos Pagar Nada, como se eles tivessem feito a ocupação sozinhos em vez de terem entrado aos 45 do segundo tempo como de fato aconteceu. Por enquanto estamos só fazendo a exibição do filme, mas pretendemos colocá-lo no YOUTBE também, disponibilizando de maneira geral a nossa história, ou pelo menos a nossa versão dela, pois que fique bem claro, não se trata de um documentário neutro. O que colocamos ali foi a nossa visão das lutas políticas empreendidas na UFF nos últimos dois anos. Assim que o vídeo tiver sido devidamente preparado para a internet eu pretendo tentar colocá-lo no blog, isso se a minha notória incopetência em mexer com a internet não me atrapalhar.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Começa hoje uma nova estapa na luta por assistência estudantil na uff. O Acampamento Maria Júlia Braga: O Quilombo do Século XXI, está promovendo um processo de seleção para transformar o quinto andar do DCE da UFF numa moradia estudantil provisória. Entendemos que a construção de uma moradia estudantil na UFF ainda vai demorar muito, na melhor das hipóteses ela só vai ser concluída no final do ano que vem, temos o interesse de dar um encaminhamento provisório à questão. Sabemos que o número de vagas a serem oferecidas nem de longe vai resolver o problema, mas com certeza vai resolver o problema de quem vai ter essas vagas que estão sendo oferecidas. O local tem algumas deficiências estruturais, mas é perfeitamente adaptável diante da urgência do problema. Contra todas as críticas que foram feitas em diversos fóruns onde apresentamos a idéia só podemos perguntar qual a solução que é apresentada para um problema que precisa ser solucionado de imediato, pois pessoas estão saindo da universidade, e a falta de uma moradia é uma das principais razões disso. Nós do acampamento estamos oferecendo uma solução provisória, mas que aponta para um questão que se torna urgente a cada dia, sabemos que o quinto andar do DCE é só um paliativo, mas o fato é que ninguém se dispôs até agora a oferece nem mesmo um paliativo para esse problema. O processo de seleção começou hoje, cartazes do edital foram espalhados e estivemos no bandejão com uma banquinha onde já distribuímos os primmeiros formulários de inscrição. Segue abaixo os edital. A luta continua!


ACAMPAMENTO MARIA JÚLIA BRAGA

O QUILOMBO DO SÉCULO XXI

www.xanta.milharal.org/amjb



EDITAL PARA SELEÇÃO DE ESTUDANTES PARA MORADIA ESTUDANTIL PROVISÓRIA E DE LUTA NO ACAMPAMENTO MARIA JÚLIA BRAGA

Segundo levantamentos estatísticos 70% do total dos estudantes ingressados na Universidade Federal Fluminense não são de Niterói, e destes, um número significativo apresenta sérias dificuldades econômicas para dar prosseguimento aos seus estudos, principalmente por não existir na UFF uma Moradia Universitária, além das poucas bolsas de auxílio. Sendo o índice de evasão da UFF, segundo dados da própria REItoria, em torno de 45%.

Devido à pressão do Movimento Estudantil combativo, diversas vezes foi aprovada no Conselho Universitário a construção da Moradia na UFF, no entanto, até agora não se levantou um tijolo.

Diante deste descaso com a Assistência Estudantil o Acampamento Maria Júlia Braga -O Quilombo do Século XXI- comunica que estão abertas as inscrições para seleção de novos estudantes para a moradia no Acampamento, que se situa no quinto andar do prédio do Diretório Central dos Estudantes Fernando Santa Cruz (DCE). Este processo de seleção tem por objetivo dar continuidade e fortalecer esta importante luta travada por Assistência Estudantil, assim como garantir a permanência dos estudantes proletários que adentram esta instituição de ensino.

Convidamos então aqueles que, não apenas por se encontrarem em situação de dificuldades financeiras, mas por desejarem superar o atual quadro extremamente desfavorável aos estudantes proletários, a se juntarem ao nosso Movimento de Luta por Assistência Estudantil!



1. DA INSCRIÇÃO:

1.1 – Poderão se inscrever alunos regularmente matriculados na Universidade Federal Fluminense.

1.2 – O formulário e a lista de documentos necessários à inscrição estarão à disposição dos interessados, a partir do dia 05 de Maio até o dia 09 de Maio de 2008, no próprio Acampamento Maria Júlia Braga, no horário de 14 às 17. No bandejão do Gragoatá de 12 às 13 e de 18 às 19. E no site www.xanta.milharal.org/amjb

1.2 – O formulário deverá ser preenchido e entregue no Acampamento até o dia 13 de Maio de 2008.



2.DO PROCESSO DE SELEÇÃO:

2.1 – A Comissão do Processo Seletivo do Acampamento Maria Júlia Braga fará a análise socioeconômica dos candidatos de acordo com a documentação apresentada levando em consideração um conjunto de critérios aplicados de forma articulada.

2.2 – O resultado do processo será divulgado no Acampamento Maria Júlia Braga até dia 21 de Maio de 2008.




Niterói 04 de Maio de 2008.

Acampamento Maria Júlia Braga – O Quilombo do Século XXI

Mais Informações pelos telefones (21) 97952348 ou 92702866, ou ainda pelo endereço eletrônico amjbnaluta@yahoo.com.br