quinta-feira, 13 de março de 2008

Repercuções do ato na reitoria

O ato que foi feito na reitoria na segunda-feira não foi do jeito que eu acharia ideal, gostaria que tivesse ido mais gente, teria sido positivo encontrar o reitor por lá e o tumulto que houve no hall poderia ter sido evitado. No entanto, me desgosta muito, e me irrita também, ver a atitude de algumas pessoas que participaram do ato e que agora parecem dispostas a desmoralizá-lo por conta dos problemas que aconteceram. De minha parte, eu digo que o ato valeu a pena sim, fomos até a reitoria do que jeito que tinhamos decidido, mesmo sem apoio logísitico, só no gogó e na coragem. Os problemas que tivemos lá aconteceram muito mais em virtude das iformações truncadas que nos foram passadas por quem já estava lá. Uma dessas pessoas, de nome Jônatas chegou a ligar e dizer que 20 seguranças tinham sido deslocados para nos esperar, lógico que chegamos lá esperando a repressão; em vez disso tinhamos pessoas que participaram da construção do ato querendo barrar a nossa entrada no evento com a desculpa de que o reitor não estava mais lá. Entramos e falamos, se as falas não contemplaram a todos, quem não se sentiu contemplado poderia ter pego o microfone e falado em vez de ficar postando mensagem no orkut para criticar quem teve a coragem de enfrentar uma multidão claramente hostil. Infelizmente algumas pessoas parecem estar brincando de movimento estudantil, só esperando a hora de se formar e esquecer algum dia que existiu uma universidade na sua vida. O problema é que as pessoas não entendem que conseguir o seu canudo e cuidar da própria vida não é a melhor maneira de lidar com os problemas da universidade, que saindo dela estará se livrando dos problemas, mas a universidade não é só para ela, é também para os filhos que vier a ter daqui a vinte anos. Entretanto, do jeito que as coisas estão indo ficamos na dúvida sobre que tipo de universidade existirá daqui a vinte anos se não lutarmos contra os seus problemas agora. Para algumas pessoas a omissão parece a melhor escolha, para outras, o momento em que o embate se torna mais duro é a senha para se recolher à sua vida particular, no entanto, eu e várias outras pessoas, independente de visão política ou origem social, vamos escolher o caminho da luta. Com certeza não é o caminho mais fácil, normalmente não é, mas é o mais certo. É claro que eu e todos os que fizerem essa escolha poderão ser acusados de donos da verdade, na verdade, isso já está acontecento, é uma das acusações preferidas pelos que se colocam contra quem participou do ato, no entanto, o embate está declarado, na UFF só há dois caminhos a seguir, ou você se submete ao autoritarismo do reitor ou parte para o enfrentamento, eu e muitos outros escolhemos a segunda opção.

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