terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Conflitos na educação

Li recentes notícias de que o ministro da educação Fernando Haddad foi hostilizado por militantes do PSTU num congresso de educação realizado recentemente. É claro que não dá para aceitar a atitude de grupos que impedem a livre manifestação de quem tem idéias diferentes das suas, isso ocorre com frequencia aqui na universidade, no entanto, é evidente que esse ministro está provando do seu próprio remédio, pois com certeza apoiou atitudes como estas quando fazia parte da oposição petista. Infelizmente está ocorrendo no setor da educação uma intensa radicalização de posições, onde não há espaço para nenhuma possibilidade de se chegar a um mínimo acordo entre as diferentes partes. No entanto, eu não tenho dúvida de que o principal responsável por isso é o governo do qual o ministro faz parte. Sua política educacional tem se pautado pela imposição de posições que contradiz totalmente o que era defendido no passado, o que só aumenta o descrédito delas; como se isso não bastasse, ainda tem a postura chantagista tão bem representada na imposição do REUNI às universidades. Tal fato é tão evidente que até mesmo quem deu voto favorável ao projeto aqui na UFF, como é o caso do professor Airton, um dos membros do Conselho Universitário (CUV), reconheceram o fato e justificaram o seu voto a partir disso, ou seja, na base do "ruim com o REUNI, pior sem ele". Agora o REUNI foi aprovado em quase todas as IFES e o que vemos é o dinheiro ir para as fundações de direito privado, pelo menos é o que aconteceu aqui na UFF. Infelizmente a minha opinião é que esse processo de luta política dentro das universidade só tende a se radicalizar ainda mais.

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