sexta-feira, 13 de junho de 2008

Protesto na UFF 2

Terminando o meu relato sobre o protesto que fizemos ontem no Gragoatá, durante o encontro de extensão eu posso dizer que foi muito importante para mostrar como a questão da origem de classe é importante na hora de avaliarmos a reação das pessoas a atos como o de ontem. De fato, o que foi feito no teatro onde se dava o encontro de extensão foi muito mais sério do que a nossa entrada no teatro da reitoria, no ato do dia 10 de março, no entanto, a reação das pessoas na platéia foi muito melhor. Nós vamos disponibilizar as imagens do ato o mais breve possível, mas já adianto que os aplausos mostram o quanto as pessoas lá se identificaram com a luta que estamos travando. Afinal ali estavam um grande número de bolsistas de extensão, que junto com os bolsistas de treinamento são os mais pobres da universidade. No teatro da reitoria estavam, em sua maioria pelo menos, a elite do departamento de história e alguns dos estudantes mais abonados da universidade e que provavelmente almejam fazer parte dessa elite de professores, mais do que natural que a reação tenha sido diferente. Posso dizer também que o conflito se deu na parte de fora do teatro, pois uma das organizadoras do evento e um funcionário que decidiu tomar as dores do REItor tentaram nos intimidar para que fosse retirada o nosso aparelho que estava mostrando o filme "REItor Ladrão, cadê os nossos pertences". Eu e companheira Mariana fomos fotografados por um sujeito que entregou as fotos para o próprio REItor Roberto Salles, com certeza vem retaliação por aí. Nós filmamos várias passagens do ato, falas de burocratas, a intervenção no teatro, enfim, tudo o que fez desse ato um grande protesto contra esse REItor autoritário e privatistas. A nossa intenção é em breve publicizar tudo, pois essa luta precisa se fortalecer ainda mais.

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