sexta-feira, 29 de junho de 2007

A luta pela moradia na UFF: capítulo 10

Terminando essa breve recaptulação do que foi a luta pela moradia, devo dizer que fiz uma síntese bem breve mesmo do que aconteceu. Procurei mostrar os principais lances dessa luta que teve inicio antes mesmo de eu entrar na UFF. É claro que a luta continuou depois da eleição para o DCE e dessa vez chegou a um patamar diferente, não só porque agora não dependíamos mais de terceiros para defender as nossas pautas nos órgãos burocráticos da universidade, mas também porque decidimos que a luta pela moradia deveria voltar-se para uma pressão mais efetiva a esses órgãos. Foi nesse sentido que nós decidimos partir para a ocupação da reitoria da UFF, mais precisamente do hall. Essa ocupação foi decidida e implementada antes mesmo desse tipo de ação política virar "moda" com os fatos ocorridos na USP. A ocupação da reitoria da UFF começou no dia 23 de abril e se mantêm até esta data; o nosso objetivo é mantê-la pelo menos até o início da construção da moradia universitária. Trata-se de uma luta que tem alguns diferenciais em relação às outras ocupações pelo país. Em primeiro lugar não há nenhum impedimento para que as pessoas trabalhem, ou seja, a reitoria está ocupada, mas não fechada. A nossa ocupação está sendo feita sob a forma de escala, pois não há o desejo de nenhum de nós em perder as nossas aulas. Desde o início estamos enfrentando dificuldades com o boicote de grupos políticos como P-Sol e PSTU, que tal como na USP, não parecem muitos dispostos a bancar ações verdadeiramente radicalizadas. A nossa luta, no entanto, continua se pautanto por ações práticas, pois entendemos que não bastam palavras de ordem para se conseguir os objetivos que queremos. A luta pela moradia vai continuar até a vitória.

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