segunda-feira, 4 de junho de 2007

Primeiras impressões

Esta é o meu primeiro texto, o tempo que tenho é curto e vou apenas me apresentar. Meu nome é Marcos, o F. Luder é coisa de quem não tem um nome bem vistoso para servir de título a um blog, eu estudo História na Universidade Federal Fluminense. Sou o que algumas pessoas chamam de estudante de origem popular, não é a pior das definições , detesto muito mais quando usam o termo carente, na verdade, odeio essa palavra no sentido em que muitos a usam, parecem ter medo de falar pobre, como se isso fosse chamar a probreza para eles. O fato é que não é fácil estudar numa universidade sem um "paitrocínio" e eu me mantenho com uma bolsa de extensão. Sou sim favorável as cotas, não sou indiferente aos argumentos de muitos de que é um incentivo para que não sejam feitos os investimentos necessários no ensino público, mas o fato é que muitos desses argumentos só estão sendo usados agora porque as costas ensejaram essa discussão, antes disso, a maioria das pessaos que criticam as cotas sequer tocava no assunto, pois não lhes parecia interessante. Eu nã vejo as cotas como um fim em si mesmo, isso seria péssimo e tornaria os argumentos contra elas mais do que válidos, os investimentos no ensino público devem ser intensos, até para garantir que as costas não precisem ser necessárias por muito tempo, nesse ponto eu estou de pleno acordo com o Cristovão Buarque quando ele falou que se o bolsa escola ainda fosse necessário depois de 20 anos é porque o programa tinha fracassado. Políticas como essa tem que ser provisórias, tem que haver uma porta de saída que impessa os pobres de serem eternos reféns da ajuda governamental, só não posso concordar com a argumentação dos adoradores do Deus-mercado de que as coisas devem ser colocadas como uma solução individual, o cada um por si e o mercado por todos não vai nos levar a lugar nenhum, a não ser a preservação dessa eterna disparidade social.

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