quarta-feira, 4 de julho de 2007

Greve dos servidores na UFF

Não há dúvida de que os estudantes têm sido os mais prejudicados pela greve dos técnicos-administrativos da UFF. Com o bandejão fechado, a despesa com alimentação aumentou, com a biblioteca fechada tivemos que enfrentar sérias dificuldades nesse final de período na realização de trabalhos que demandavam um boa biografia, eu estou digitanto este texto no laboratório de informática da psicologia, que está funcionando porque tem monitores que o mantém aberto, ao contrário do que acontece com o laboratório da história, onde o funcionário está em greve. É sem dúvida que essa greve tem causado a nós estudantes uma série de transtornos, mas por conta disso devemos ser conta ela? Eu afirmo que não? Digo isso porque sou um desses alunos que adoram brincar de líder político e revolucionário enquanto não se forma e vai trabalhar na empresa do pai ou do amigo do pai, ou então arruma uma bocada no serviço público, quem sabe então uma carreira política ou sindical? Nenhuma dessas opções, embora eu procure estar por dentro da vida política da universidade, o fato é que eu reconheço na luta dos servidores a mesma luta em que estou envolvido, a luta por uma universidade melhor para todos. O fato inegável é que a Universidade Pública vem sendo sucateada ao longo dos anos e é preciso parar esse processo. No entanto, só a partir do enfrentamento com as forças que vem promovendo esse sucateamento é que vai ser possível parar esse processo. Estudantes, professores e técnico-administrativos precisam esta juntos para promover essa luta, mas é preciso que essa solidariedade seja mútua e que um setor não sabote a luta de outro por conta de injuções políticas, divergências de encaminhamento na luta, infelizmente isso ainda é muito comum aqui na UFF. Eu que faço parte da luta pela assistência estudantil na universidade e por isso apoio a ocupação da reitoria, apoio de verdade e não apenas com palavras vazias, vejo isso na própria atuação do SINTUFF ( Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal Fluminense ) onde sua mídia sindical deu amplo destaque a ocupação da USP, mas simplesmente tem ignorado a ocupação que está ocorrendo na universidade onde atua. Esse tipo de atitude, que revela a mesquinharia política do grupo que controla o sindicato ( a corrente CST, ligada ao P-Sol ) e sua maneira equivocada de promover a luta política dentro da universidade. Com tudo isso, o grupo político do qual faço parte, a OELI ( Organização dos Estudantes em Luta Independentes ) estamos apoiando a greve dos servidores, pois ela não é a greve de uma corrente política, mas uma luta que diz respeito a todos de nós que lutamos por uma universidade melhor.

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