segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Ainda sobre a polêmica do livro didático

A questão do livro didático ainda está suscitando debates, tanto na imprensa quanto na universidade, uma pena que este assunto não seja também objeto de debates junto às famílias, pois estas deviam estar a par do que seus filhos têm como material de estudo. É claro que isso também depende do grau de envolvimento das famílias no estudo dos filhos. Eu tenho pensado muito nisso desde que começei a frequentar o colégio universitário da UFF por conta da minha disciplina pedagógica; eu vejo a maneira como muitos daqueles alunos encaram a sua presença em sala de aula e me pergunto o quanto o descaso de suas famílias não contribuem para isso. No caso das polêmicas que estão ocorrendo sobre o livro didático, eu ainda não posso me posicionar completamente, pois ainda não consegui ler os dois livros que as motivaram, no entanto, eu enxergo aí uma espécie de disputa ideológica, pois mesmo os que criticam a postura desses livros em relação a determinados fatos históricos estão baseando suas críticas em posturas que eles mesmos têm. Afinal, um livro não tem como ser neutro, para quem estuda história como eu já é sabido que isso é uma ilusão, o que eu gostaria de constatar pessoalmente é se essa posição que é mostrada nos livros didáticos que foram criticados é apresentada como uma verdade absoluta, do tipo que não admite contestações, ou se há espaço para os alunos buscarem suas próprias conclusões, acho que qualquer crítica a esses livros têm que passar por aí.

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