quinta-feira, 29 de maio de 2008

Colegiado do CAHIS

Ontem estive na reunião do colegiado do curso de história da UFF. Foi uma reunião difícil e desgastante, pois está cada vez mais complicado colocar qualquer discussão dentro daquele espaço diante da total falta de interesse de muitos ali em discutir qualquer concepção política que implique em tomada de posições e na defesa de um projeto claro de sociedade. Muitos ali, alguns por oportunismo e outros por desinteresse mesmo, entendem o movimento estudantil como uma confraternização entre amigos durante a sua estadia na universidade. Não parece a muitos ali que o movimento estudantil possa contribuir para uma mudança nos paradigmas com que as pessoas enchergam sociedade. Eu faço parte de um partido político e isso foi enfatizado por um integrante do colegiado como espécie de ofensa, que defende uma concepção classista de movimento estudantil e que se dispõe a colocar essa concepção em debate em todos os espaços de que participa. Isso no entanto foi encarado por quem nos fez a crítica como sectarismo e como uma tentativa da aparelhar o CAHIS. É claro que muitos ali concordaram, alguns por oportunismo e outros porque não conseguem sair de seus paradigmas pequeno-burgueses. É claro que eu e meus colegas de partido, acho que agora vou usar essa expressão mais vezes, antes preferia organização política, refutamos as acusações, além de tudo feitas num tom absolutamente histérico. A verdade é que torna-se muito complicado discutir concepção classista num espaço policlassista, os membros do coletivo Nós Não Vamos Pagar Nada dão essa desculpa para não discutir classismo na UFF, mas eu não tenho dúvida que o melhor espaço para isso são mesmo os espaços policlassistas, pois nos espaços que muitos consideram classistas, tipo sindicatos, eu tenho dúvidas sobre isso, essa discusão não leva a lugar nenhum. De qualquer forma nos da OELI ( Organização dos Estudantes em Luta Independentes ) vamos continuar fazendo essa discussão, não temos a ilusão de que vamos agregar muita gente dentro da UFF com ela, mas estamos convictos que a questão do classismo precisa ser discutida na UFF, assim como várias outras que são deixadas de lado por esse nosso movimento estudantil tradicional e pequeno-burguês.

Nenhum comentário: