segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Ainda a carta do funcionários

Quem ler o conteúdo da carta atribuída aos funcionários do ICHF pode ver a tentativa de criminalizar aqueles que tem pautado uma política de claro enfrentamento diante da conjuntura que se afigura atualmente na UFF. Trata-se de uma conjuntura onde todas as decisões são tomadas de cima para baixo, sem qualquer consideração pelos interesses e opiniões da comunidade da UFF em geral. Em alguns trechos são ditas mentiras como a afirmação de que professores e técnicos foram impedidos de participar da mesa. Para rebater essa mentira nós do acampamento, que temos tido o cuidado de registrar ao máximo as atividades política de que participamos preparamos um pequeno vídeo menos de 3 minutos e o postamos no YOUTUBE, como forma de desmentir essa afirmação, o link está abaixo.

http://br.youtube.com/watch?v=ap0e6cz1m-M

O conteúdo da carta mostra claramente que a postura de muitas pessoas é seguir a linha imposta pela REItoria da universidade, ou seja, a linha do "cada um por si", na hora de se discutir o plano de expansão. Cada instituto está sendo levado a entrar numa briga de foice por recursos que não vão ser suficientes para as necessidades de todos, isso em vez de lutarem juntos por um plano de expansão onde se busquem mais recursos, pois é óbvio que essa política do "cada um por si" só favorece aos planos da REItoria e do governo federal em impor um plano de expansão aos moldes do REUNI.
Está mais do que claro a tentativa de criminalização dos que querem que esse debate não fique restrito ao ICHF, pois isso seria o caminho certo para a derrota de qualquer pretensão de um plano de expansão que não ficasse a reboque dos ditames do mercado. Entretanto, o que está mais claro ainda nos objetivos da carta, que foi assinada por 24 dos 34 funcionários do instituto, é a tentativa de abafar qualquer discussão a respeito do caráter hierarquizado e aristocrático como a universidade é conduzida. Os diversos atos políticos ocorridos, o piquete, as assembléias comunitárias e as participações no Colegiado tem evidenciado a postura arrogante e aristocrática de professores, muitos deles que adoram alardear discursos "libertários", se declarando anarquistas, marxistas ou socialistas libertários, mas tendo uma postura e um discurso que vai contra essas posições ideológicas. Isso fica claro no pequeno vídeo que está no YOUTUBE.
Nós do Acampamento Maria Júlia Braga: O Quilombo do Século XXI temos gravado o máximo de imagens dessas atividades políticas como forma de mostrar essas contradições e os interesses de classe que ficam evidentes por elas. O trabalho que estamos fazendo e que pretendemos publicizar em breve através de um novo documentário ao estilo do "REItor Ladrão: cadê nossos pertences", vai de encontro a necessidade de deixar registrado uma memória importante do movimento estudantil e de como os processos se dão ao longo da luta política. Essa é uma contribuição que pretendemos deixar para as gerações futuras.

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