segunda-feira, 21 de julho de 2008

Notícias do ENEH 2

Eu estive no ENEH ( Encontro Nacional dos Estudantes de História ) e posso dizer que foi uma experiência muito boa em diversos sentidos. Em primeiro lugar foi muito bom encontrar pessoas de outras universidades que também comungam com idéias como participação política efetiva, ação direta e uma visão classista das lutas políticas dentro da universidade. Esse encontro permitiu a mim e ao grupo político do qual faço parte entender que a nossa luta não está restrita a UFF, que em outras universidades também existem outras pessoas buscando diferenciar-se, tanto da alienção reinante entre a maioria dos estudantes como da tentativa de transformar essa luta política num mero instrumento de construção de indivíduos e grupos para fins que em nada contribuam efetivamente para essas lutas, para o esforço de transformação da sociedade. Nós desenvolvemos várias atividades no ENEH, dentre elas um mini-curso com o título: Movimento estudantil: memória, perspectivas, limites e estratégias. Essa foi uma experiência muito gratificante. A leitua dos textos utilizados me permitiu uma reflexão que pretendo aprofundar e cuja discussão já estou fazendo dentro do movimento politico do qual faço parte, o Acampamento Maria Júlia Braga: O Quilombo do século XXI. Ao me dispor a essa discussão eu entendo que posso contribuir para uma das reflexões que mais tomaram tempo nas discussões que travamos com esses companheiros de luta que encontramos no ENEH: Qual a razão da crise do movimento estudantil? No manifesto que construímos em conjunto deixamos bem claro que se trata de uma crise de concepção, com isso tratamos de nos contrapor a teses de grupos ligados aos partidos políticos que costumam hegemonizar os espaços de luta dos estudantes de que a crise é conjuntural e de direção. Da minha parte eu tenho uma visão que começei a desenvolver e que pretendo aprofundar, mas que já coloquei como ponto de discussão, tanto entre os que encontramos no ENEH como dentro do movimento político do qual faço parte. É uma reflexão pessoal que ainda está no início, mas que devo começar a compartilhar numa próxima postagem.

Nenhum comentário: