quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Assembléia de ontem no ICHF

Ontem teve uma nova Assembléia Comunitária no ICHF ( Instituto de Ciências Humanas e Filosofia ). Por conta do que aconteceu no colegiado do dia anterior nós tivemos que confrontar as falas da UJS ( União da Juventude Socialista ), ligada ao PCdoB, por sua tentativa de corroborar a ação dos professores no colegiado, dizendo em passagens de sala que nós implodimos o colegiado, tentaram criminalizar o Acampamento em especial por isso. É claro que a UJS está agindo como correia de transmissão da direção do instituto, mas o pior mesmo é constatar que até entre os que estão na luta contra o REUNI e a maneira como o projeto de expansão está sendo conduzido no ICHF, existe uma clara tendência em conseguir um acordo com o Palharini, diretor do ICHF. A verdade é que existem projetos diferenciados entre os que estão bancando essa luta política. Nós do Acampamento Maria Júlia Braga: O Quilombo do Século XXI e a ADE ( Ação Direta Estudantil ), além de outros que não se referenciam por nenhum grupo específico, temos um projeto de construção de um Contra-Poder na universidade, que se contraponha a órgãos burocráticos, hierárquicos e verticalizados como o Colegiado do ICHF e o CUV ( Conselho Univeristário ). Esse projeto não é compartilhado por muitos dos que estão conosco nessa luta política pela construção da Assembléia Comunitária, que não deve ser limitada ao ICHF, mas ser espraiada por toda a UFF. Infelizmente muitos segmentos estão limitados ao horizonte de um seminário com votação paritária para definir o projeto de expansão, conseguindo isso e o fim do curso de Segurança Pública, com certeza deixarão que tudo volte ao normal, sem tocar na estrutura de poder da universidade. Entretanto, nós não vamos nos limitar a isso e estamos deixando bem claro esse fato. Na Assembléia de ontem tivemos um confronto com alguns dos integrantes da chapa Ocupação do CAHIS ( Centro Acadêmico de História ) por conta disso, pois fizemos questão de deixar claro a nossa diferença em relação a eles. Foi um debate complicado e com respostas vazias e desonestas, felizmente o nosso costume de filmar as intervenções está se revelando fundamental em nossa luta política, pois isso nos fornece as ferramentas necessária para rebater as críticas que nos fazem. Estamos trabalhando esse material e logo ele vai estar disponível na internet, tornando público todos os embates políticos que estão ocorrendo na UFF, bem como as posições assumidas por todas as pessoas e grupos políticos. Essa memória do movimento estudantil que estamos construíndo será muito importante para que vier no futuro, principalmente porque agora as outras pessoa estão vendo a importância disso e estão filmando também. No futuro as pessoas vão ver o que aconteceu, ter acesso às várias versões e poderão decidir quem estava ou não com a razão, poderão decidir com quem se identificar e ter como parâmentro para os seus próprios embates.

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