segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Uma nova semana de lutas

Hoje de manhã participei de um passagem em sala e de uma panfletagem no ICHF ( Instituto de Ciências Humanas e Filosofia ). Trata-se de mais um passo na luta pela construção da Assembléia Comunitária aqui na UFF. Depois dos acontecimentos no Colegiado do instituto na última sexta-feira tivemos que convocar mais essa assembléia para manter viva a luta contra esse modelo de universidade verticalizado e hierarquico que muitos insistem em manter. A maneira como se deu o último colegiado, não só em relação a atuação dos professores, mas também a partir das posturas de muitos estudantes já mostra que essa luta tem dimensões muito diferenciadas. A luta pela construção da Assembléia Comunitária mostra que para muitas pessoas trata-se de uma questão pontual do ICHF e não deve ser espraiada. Eu faço parte de um movimento político, o Acampamento Maria Júlia Braga: O Quilombo do Século XXI, que defende a Assembléia Comunitária como parte de um processo de contestação do modelo de universidade que temos e que desemboca no próprio modelo de sociedade existente. Existem outros que não fazem parte do acampamento, como os integrantes da ADE ( Ação Direta Estudantil ), bem como pessoas que não fazem parte de nenhum grupo ou movimento político específico, mas que tem referenciais políticos e ideológicos semelhantes, e que comungam dessa mesma idéia. No entanto, existem grupos e pessoas que tem a idéia dessa assembléia como parte de um processo de negociação com os poderes institucionais do instituto, uma ação tática em que concessões seriam feitas em troca do que seria chamado de "avanços". Esses avanços seriam inicialmente barrar o curso de Segurança Pública, mas agora, pelo que se lê na lista de e-mails do curso de História, já há quem diga "estar refletindo melhor" sobre a sua posição contrária. Já se fala em disputar o curso de Segurança Pública, na possibilidade de uma "polícia mais humana". Na verdade, é a boa e velha pelegagem de volta, tudo isso em nome de um taticismo que virou a religião desses grupos políticos que chamo de Burocracia Estudantil. A assembléia de amanhã terá que pôr essas questões em pratos limpos para que ninguém fique escondendo as suas ações por trás de discursos pretensamente de esquerda e práticas absurdamente pelêgas.

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