quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Calourada na UFF

As aulas começaram oficialmente essa semana na UFF, embora no curso de História elas só começem mesmo na segunda que vem por causa de um encontro da ANPHUR que está acontecendo na Rural. No entanto, o que mais eu vejo são os trotes, que no curso de História são chamados de Calourada. No campus do Valonguinho o que vejo são trotes mesmos. A mentalidade por trás deles é basicamente a mesma, no semestre passado alguns estudantes do curso de Turismo entratam numa de Trote de Elite, com uniforme e tudo. Felizmente a coisa parece ter repercutido tão mal que só durou um dia, pelo menos no uso do uniforme, que nesse semestre não apareceu. O fato é que o trote é uma tradição em universidades, o maior problema é que muitas vezes é usado para legitimar atitudes profundamente identificadas com o que há de pior na sociedade, mesmo quando não é especificamente violento. Aqui na UFF, mesmo nos cursos mais sujeitos a isso como Engenharia, Direito ou Medicina não parece haver atos mais violentos como os que costumam ser reportados em outras universidades. Isso não significa que a violência simbólica através de diversos tipos de humilhações não ocorram, mas infelizmente até mesmo os calouros acabam referendando esse tipo de prática, muitos sonhando em ser eles a dar o trote no período seguinte. Eu quando entrei na UFF tive uma recepção tranquila, como eu disse, no curso de História se procura deixar de lado as características mais violentas do trote, procurando até mesmo firmar o nome Calourada no lugar. A idéia é garantir que o calouro se divirta tanto quanto o veterano que o recepciona, além de puxar também algumas atividades política para mostrar que algumas atividades sérias não devem ser deixadas de lado. Apesar de todos os problemas que eu identifico no meu curso, pelo menos no que se refere à recepção dos calouros, as coisas lá estão bem mais avançadas.

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