terça-feira, 5 de agosto de 2008

Início de período

Na semana que vem começa o meu novo período na universidade. Será um semestre importante porque eu estarei preparando o meu projeto de monografia. Será um semestre mais agitado e difícil do que o normal, pois vou ter que dar conta desse momento fundamental da minha vida acadêmica e ao mesmo tempo continuar a minha militância política dentro da mesma universidade em que estudo. Conciliar as duas coisas, bem como outros aspectos da minha vida não tem sido nada fácil, mas eu tenho conseguido até agora, mas não tenho dúvida de que nesse semestre vou ter que me desdobrar para manter o meu ritmo. Estou realmente decidido a concluir a minha graduação no final do ano que vem, e essa decisão está cada vez mais reforçada por tudo o que tenho acumulado a partir de minha militância política, embora isso muitas vezes resulte no contrário aqui na universidade. Normalmente o que acontece é que a militância acabe levando a um adiamento da formação acadêmica, mas eu estou convicto que tenho muito mais a oferecer em matéria de luta política fora da UFF. Todas as reflexões que tenho feito me levam a pensar assim. Essas mesmas reflexões ficaram ainda mais patentes na minha participação no ENEH e nas experiência que vivi por lá. Tudo o que observei, bem o que li e refleti me levam a crer que não dá mais para encarar o movimento estudantil como descolado das lutas dentro da sociedade. O que tenho verificado é que os paradigmas desse movimento estudantil estão cada vez mais voltados para dentro de si mesmo, gerando um isolamento em relação à sociedade e um afastamente cada vez maior de estudantes que não encontram sentido em lidar com questões cada vez mais restritas a um mundo do qual eles fazem parte apenas provisoriamente. Da minha parte, creio que a única saída do movimento estudantil é se unir de verdade às luta sociais existentes. O problema é que muitos na universidade não estão nem aí para isso e só querem o seu canudinho; com esses não dá para contar mesmo, mas para contar com os outros, com quem tem uma visão social menos estreita, é preciso romper com esse paradigma isolacionista do movimento estudantil.

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