sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Esse é um pequeno texto distribuído por nós do movimento político que atua na UFF, o Acampamento Maria Júlia Braga: O Quilombo do Século XXI. Esse texto foi distribuído num Conselho Universitário ( CUV ) extraordinário convocado par aprovar as contas da FEC, uma fundação de direito privado que tinha sido descredenciada pelo MEC desde o ano anterior embora isso só tivesse sido tornado público algumas semanas antes do referido CUV. Até mesmo o presidento do conselho de administração da FEC, que deveria fiscalizar a sua atuação desconhecia o fato, embora essa mesma pessoa tenha defendido a aprovação das contas sem que sequer fossem vistas, como um "voto de confiança" na atual gestão, a mesma que lhe escondeu o fato de que a FEC estava descredenciada. A luta contra a FEC, que mesmo descredenciada continua recebendo fartos recursos da UFF, vai continuar no próximo CUV, pois até mesmo as Correntes Estudantis Tradicionais ( CETs ) estão convocando um ato contra a sua atuação. Vamos ver no que vai dar esse ato no CUV, se vai apontar para uma política de enfrentamente mais agressiva contra as ações dessa reitoria ou se vai ser o mesmo festival de demagogia e empulhação de sempre. Por enquanto fiquem com esse pequeno relato, porque mais coisas vão vir por aí.



Administração Salles: Quimeras, singelas mazelas ou...



A decisão 01/2007 do Conselho de Administração da Fundação Euclides da Cunha (FEC) que trata do parecer dos Auditores Independentes, sobre o balanço de 2006 diz:



“Considerando as divergências encontradas entre os saldos bancários e os respectivos saldos contábeis” e mais adiante: “Considerando que o Passivo excede o Ativo no balanço patrimonial e que a inobservância dos pontos abordados pelo parecer dos Auditores Independentes, segundo os mesmos levantam dúvidas substanciais que a entidade tenha condições de manter a continuidade normal de suas atividades”.



O exposto acima nos mostra de forma clara a situação de pré insolvência da FEC já em 2006, devendo-se ainda considerar que a FEC sequer é reconhecida pelo MEC, conforme despacho do Prof. Daniel Avelino – SESU/MEC.



Assim nos resta uma pergunta: como, diante desta situação pré falimentar a REItoria repassou à FEC em 2007 a quantia de R$ 10.937428,00, o que representa boa parte dos recursos disponíveis? Se não bastasse isto, somente nos primeiros 4 meses de 2008 já foram repassados R$ 10.392.882,00. Este tipo de atitude não tipificaria gestão temerária de recursos públicos (uso indevido destas verbas)?



No concernente às licitações de obras o cenário se torna ainda mais sombrio, pois nos últimos 2 anos uma única empresa – Mello Júnior Engenharia CNPJ 28.006.401/0001-78 – venceu 98,23% das licitações. Para quem conhece a Lei de Licitações (8666/93) sabe que a probabilidade deste fato ocorrer é menor que acertar 3 vezes seguidas na Sena!



Dentre outros pontos obscuros resta esclarecer o motivo pelo qual a REItoria contratou em 2007 mais de 4.470 pessoas físicas. Esta rubrica de despesa não tem ligação nenhuma com auxílio a docentes ou estudantes.



E, em meio a todo este absurdo, a construção da Moradia Universitária, aprovada ao menos 4 vezes no Conselho Universitário (2 delas na gestão de Salles), até hoje não ganhou materialidade!



(Dados financeiros retirados da Controladoria Geral da União da Presidência da República)

Acampamento Maria Júlia Braga

– o Quilombo do Século XXI –

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